sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Igreja Católica se divide ao orientar os fiéis




A Igreja Católica se divide. Ao contrário dos bispos de Campos, Roberto Ferreria Paz e Fernando Rifan, que sugeriram aos fiéis a não escolherem nestas eleições o candidato ao governo estadual do Rio, Marcelo Crivella (PRB), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, o padre Marcelo Rossi, outro expoente da Igreja pensa diferente. Não entra na discussão política sobre eleições. "Sinceramente, eu procuro ficar fora dessa discussão, mas as pessoas têm o direito de escolher livremente suas opções. O que digo sempre é para que nunca deixem de votar. Só digo isso, nunca deixe de votar", afirmou. 

Marcelo Rossi, líder de audiência num programa radiofônico pela manhã em rede nacional pela Rádio Globo, declarou-se decepcionado com o curso da campanha política. "Tem o debate? Vou assisti-lo, vai ser importantíssimo. Como eu, milhões de pessoas estão esperando, mas até agora tem sido muito ataque, poucas propostas. O Brasil precisa de propostas. Estarei lá, assistindo, às 22h15. Se, até 23h, sentir que descamba pra o ataque, desligo a TV", disse o religioso, em entrevista a um jornal de Pernambuco. 

Rossi, no entanto, descarta anular o voto. "Sou contra. Nunca deixei de votar, mesmo que tenha que escolher o menos pior. Estou rezando para que eles tenham o equilíbrio de falar de ideias", analisou.

No último dia 17, os bispos Roberto Francisco Ferreria Paz (da diocese de Campos) e Fernando Arêas Rifan (da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney) emitiram nota onde afirmam "partilhar com a comunidade católica e as pessoas de boa vontade, as seguintes orientações, para ajudar na reflexão e discernimento no voto a ser dado no dia 26/10/2014". 

O item 8 das "Recomendações para os eleitores na eleição de outubro de 2014", texto, afirmava: "Vote em candidatos que respeitem a liberdade religiosa e de consciência, garantindo o ensino religioso confessional e plural". "Um dos candidatos que concorre ao governo do Estado (referindo-se a Crivella), pela sua vinculação a uma agrupação religiosa que visa um projeto de poder, que se comporta de forma intolerante com as religiões e aparelha as instituições públicas, constitui um sério risco e ameaça aos princípios acima defendidos", concluiu a nota.

Fonte: aqui

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