segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Campos pode ficar sem Água e Luz


População pode ficar sem água e luz elétrica



Além da possibilidade de falta d'água, a população do estado do Rio de Janeiro corre o risco agora também de ficar sem energia elétrica nos próximos dias. Isso porque se não chover na segunda quinzena de novembro — período previsto pela meteorologia de pancadas na Região Sudeste —, a situação do Paraíba do Sul poderá se complicar e o percentual do reservatório cair para 4% no início de dezembro, conforme informou o diretor-executivo do Comitê Guandu, Júlio César Antunes, acrescentando que o volume equivalente dos reservatórios da bacia chegou a 9%.
— A gente está fazendo simulações com os piores cenários. Entre agosto e setembro, nos baseamos em 1955, que foi a pior estiagem para o período. Para outubro, o ano mais crítico foi o de 1968. Confirmados esses cenários, chegaremos a esta projeção de 4% de reservatório equivalente no início de dezembro —, revelou.
O diretor informou que o nível dos reservatórios da bacia do Paraíba do Sul é monitorado semanalmente em reuniões do Grupo de Acompanhamento de Operações Hidráulicas, composto por integrantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência da Bacia do rio Paraíba do Sul (Agevap). O diretor do Comitê Guandu participa dos encontros, quando são analisados os níveis dos reservatórios que pertencem ao rio Paraíba do Sul (Jaguari, Paraibuna, Santa Branca, Funil e Santa Cecília). Ele explicou que, desses reservatórios, apenas Funil fica no Rio de Janeiro.
Apesar disso, há uma vinculação hídrica entre as bacias do Guandu e do Paraíba do Sul, causada pela transposição de até 160 metros cúbicos para geração de energia e abastecimento da população da região metropolitana do Rio. “A gente está saindo do período seco para o úmido, que é para quando se espera a chuva. Analisando as condições meteorológicas, as previsões são de precipitação na região para melhorar a gestão dos reservatórios”, explicou Júlio César.
Segundo ele, diante da possibilidade da falta de água no estado, o período impõe atualização frequente das informações. “Vivemos um momento de alerta, de novas providências para adaptação à realidade da estiagem”, destacou.
O diretor acrescentou que, mantido o longo período de estiagem, em 2015 os reservatórios terão de recuperar o volume equivalente para o nível de 52%.
Para Antunes, é difícil apostar na normalização da situação. “Depende do que pode ocorrer em termos de precipitação. De qualquer forma, melhoraremos a gestão se tivermos um período chuvoso agora”, completou. Ele acrescentou ainda que, até o momento, não houve necessidade de utilização do volume morto dos reservatórios.

Fonte:Aqui

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